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MIELOMA MÚLTIPLO

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O mieloma múltiplo (MM) é o câncer de um tipo de célula da medula óssea chamada de plasmócito, responsável pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias. No mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção de imunoglobulinas, as quais passam a se chamar de proteínas monoclonais (proteína M). Para que o MM ocorra, no momento em que os linfócitos B se diferenciam e se tornam plasmócitos, há uma mutação, ou seja, um erro em um ou mais de seus genes, que devido a esse erro, passam a produzir plasmócitos anormais.

O Mieloma é mais frequente em pessoas acima dos 50 anos e corresponde à 1% de todas as neoplasias. Os plasmocitomas são tumores localizados, formados por um aglomerado de plasmócitos anormais. Eles podem crescer tanto dentro do osso (intramedular), como fora dele (extramedular). Quando os plasmocitomas crescem dentro do osso, prejudicam tanto a produção normal das outras células sanguíneas como danificam a estrutura óssea, ao se expandirem para a parte sólida do osso.

Como vimos anteriormente, a principal função dos plasmócitos é produzir as imunoglobulinas, responsáveis pela defesa do corpo. As imunoglobulinas produzidas com defeitos podem estar elevadas no sangue ou na urina.

A doença não costuma apresentar sintomas em seus estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico nessa fase. Nas manifestações sintomáticas podem ocorrer:

 

  • Fraturas: as células do mieloma produzem substâncias chamadas citocinas que podem fazer com que algumas células dos ossos, os osteoclastos, destruam o tecido ósseo ao seu redor.
  • Dor nos ossos: especialmente na coluna lombar, nas costelas ou nos quadris e que piora com o movimento.
  • Fadiga ou cansaço: causados por anemia.
  • Infecções: pode ocorrer um prejuízo ao sistema imune no combatem a vírus e bactérias, tornando os pacientes mais vulnerável a infecções.
  • Redução do volume da urina: provocada por insuficiência renal, já que as proteínas anormais produzidas pelo câncer em grande quantidade se acumulam nos rins.

 

O diagnóstico é uma associação de fatores laboratorias como hemograma, eletroforese de proteínas, perfil bioquímico e imagens dos ossos longos. Por ser uma doença da medula óssea, a biópsia e o aspirado medular permitem avaliar qual o nível do dano e o grau de proliferação plasmocitária. O diagnóstico dessa condição baseia-se na infiltração de plasmócitos clonais na medula óssea, na detecção e na quantificação de proteína monoclonal (proteína M) no soro ou na urina e na evidência de lesões em órgãos-alvo, particularmente hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e lesões ósseas, conhecidas pela sigla em inglês CRAB (calcium, renal, anemia, boné). A presença de plasmócitos clonais deve ser documentada em todos os pacientes por imuno-histoquímica ou citometria de fluxo.

O tratamento desta doença passou por modificações após o ano 2000. Várias drogas foram aprovadas para o tratamento desta doença. Quando se diagnostica um paciente com esta doença, a próxima etapa é saber se ele é elegível à transplante de células hematopoéticas (TCH) ou não. Sendo possível realizar o TCH autólogo, o tratamento será iniciado com quatro ciclos de indução, que é o preparo para o procedimento, seguido pelo transplante e, eventualmente, consolidação ou manutenção.

Para definição do melhor tratamento, procure o hematologista, especialista na área.